Mercado imobiliário goiano investe em medidas para se adaptar ao período de isolamento social
A realidade está cada vez mais associada à tela de uma smartphone, tablet ou mesmo um computador. O que for mais prático e seguro. Com o aumento dos casos de Covid-19 no Brasil, o controle da disseminação do novo coronavírus é um compromisso de todos. Diante desse novo cenário, o mercado imobiliário tem investido em medidas que aproximem o cliente dos produtos com comodidade, segurança e inovação. “Esse momento tão desafiador que vivemos é também uma grande oportunidade para construirmos laços mais fortes, além criarmos novas formas de nos relacionar e gerar boas experiências”, afirma Ademar Moura, gerente de marketing e comercial da EBM Desenvolvimento Imobiliário.
Um recurso no qual a EBM já vinha investindo, e que agora se faz essencial, é a opção por decorados virtuais. A ferramenta permite que o cliente tenha um verdadeiro tour por dentro dos espaços da unidade sem ter que comparecer presencialmente ao local. Em um dos seus mais recentes lançamentos, a incorporadora apostou em três projetos diferentes, desenvolvidos por escritórios de arquitetura distintos, o que garante mais opções aos variados perfis de clientes. “Os decorados virtuais são uma medida que permite o contato próximo do cliente com o nosso produto, e ainda assim garante a integridade de todos. O cliente tem acesso a todas as informações, medidas, ficha técnica e imagens detalhadas do apartamento sem precisar sair de casa”, afirma Ademar.
Na Opus Incorporadora, além do tour virtual dos apartamentos decorados, o cliente tem acesso a todas as informações importantes para o imóvel do seu interesse. “A internet se tornou a ferramenta principal de contato não só com o cliente, mas também com o agente de vendas. Além de poder ter acesso virtualmente aos apartamentos decorados, ele pode acessar os catálogos digitais interativos, vídeos explicativos que mostram os conceitos e diferenciais dos empreendimentos. Todas essas ferramentas já eram utilizadas, porém com o momento que estamos vivendo, elas hoje são mais frequentes”, explicou o diretor da Opus, Dener Justino.
As empresas sempre ofereceram opções virtuais de negócios, porém nos últimos dias essa modalidade se intensificou. “A mídia online é uma ferramenta que já trabalhamos a algum tempo, o que mudou foram as formas de expor os conteúdos. Antes você trabalhava a mídia online como mídia de apoio, o cliente se encantava com o decorado virtual e ia conhecer o físico. Hoje temos que fazer todo o processo virtual, desde a apresentação dos decorados através de tours online até a assinatura digital de contratos”, esclarece Dener.
Tanto a Opus quanto a EBM, utilizam a assinatura digital, alternativa que agrega agilidade sem perder a segurança na hora de formalizar um contrato. Com o novo formato de assinatura, o cliente pode fechar o negócio a qualquer hora e em qualquer lugar, além de agilizar todo o processo de fechamento de negócios, que pode ser realizado pelo computador ou pelo smartphone. “Nós disponibilizamos o contrato digital por e-mail, então basta o cliente cadastrar sua assinatura digital na plataforma e assinar todas as páginas do contrato através do e-mail”, explica Ademar. Além da segurança e praticidade, outro fator muito positivo é a agilidade. “O processo completo de assinatura e envio da via física para o cliente é de até 40 dias. Com a assinatura digital esse período é reduzido para 3 a 5 dias”, complementa.
Segurança jurídica
A assinatura digital também tem força legal. De acordo com a gerente jurídica Débora Moderozo, a Desenrola, a primeira plataforma digital de aluguel de imóveis residenciais e comerciais, optou por utilizar a assinatura digital como majoritária nos seus contratos por conferir ao negócio celebrado maior agilidade na finalização do contrato de locação, maior facilidade para sua concretização e oferecer a mesma segurança jurídica das demais assinaturas. “Esta facilidade está absolutamente de acordo com as exigências legais e também é menos onerosa pois não há que se falar em gastos autenticação das assinaturas em cartórios”, pontua.
Débora explica que se a lei não exigir que determinado contrato tenha a assinatura manuscrita, nada obsta que a mesma seja feita de forma digital, de acordo com o artigo 107 do Código Civil. “Como o contrato de locação não tem a assinatura manuscrita exigida por lei, ele pode sim ser assinado de forma digital”, observa. As assinaturas digitais, assim como demais assinaturas, podem ter maior ou menor grau de segurança, chanceladas por uma autoridade certificadora, como o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, unidade responsável pela criação da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras, fornecedora de certificados no padrão ICP-Brasil.
Autônomo há 20 anos, Derli Agostini, 41, alugou um apartamento há pouco mais de 1 mês no Jardim Goiás, em Goiânia, e aprovou as facilitações para fechar o negócio. “Após olhar e aprovar o imóvel, enviei fotos da documentação básica à corretora e todo o processo aconteceu mais rápido que o normal. O que levava de uma semana a 15 dias, tive resposta em até dois dias. É a primeira vez que fiz uso da internet para locar e aprovei”, afirma.
Voz
Para encontrar o imóvel ideal, não é preciso sair de casa. A busca na plataforma, além de online, também pode ser feita via voz, informando o nome da rua, bairro e cidade. O usuário ainda pode visualizar as fotos do imóvel em 360º e enviar toda a documentação pelo WhatsApp. “A tecnologia hoje é nossa aliada e o mercado exige isso, principalmente no atual momento em que vivemos. Você alugar um imóvel comercial ou residencial de dentro da sua casa é uma alternativa importante, já que todos estão com mais tempo para as pesquisas e avaliações”, explica o cofundador da plataforma, Daniel Guerbatin. A Desenrola, além de não exigir fiador, extingue a fila de cartório, não oferece risco e é sem burocracia, de um jeito simples e seguro, tanto na transação quanto num possível risco de contágio do vírus.
Ferramenta
Em comunicado oficial, a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Estado de Goiás (Ademi-GO) destaca que o setor se uniu à necessidade de recolhimento de cada indivíduo em casa, com o objetivo de conter a disseminação da COVID-19, com cada empresa tentando fazer o seu melhor para proteger seus trabalhadores. “Neste momento, a tecnologia é a nossa ferramenta essencial para que o nosso trabalho tenha o menor impacto possível neste período de atividades suspensas. Um exemplo são os departamentos administrativos, que estão em home office, as vendas são realizadas online, emissão de contratos e assistências de forma virtual e, em caso de reuniões necessárias, são realizadas no ambiente online”, enfatiza o presidente da entidade, Roberto Elias.
Roberto explica que, mesmo com os estandes de venda fechados, os corretores de imóveis permanecerão à disposição para realizarem atendimentos por telefone e/ou online, podendo inclusive realizarem visitas aos imóveis e/ou apartamentos decorados com agendamento prévio e tomando as devidas precauções indicadas pelas autoridades da saúde. “A construção civil é um negócio sólido, seguro e que vai articular para sofrer o menor impacto possível”, pontua.
